O herói da minha vida não usa máscaras para esconder identidade, mas atende pelo codinome de "Chuchu" toda vez que eu chegou à casa.
Não voa, mas fez as rodinhas da Caloi Ceci desaparecerem e não serem mais necessárias pra eu poder pedalar.
Não pula de prédios pendurado em uma teia, porém me ensinou o que era certo e me mostrou sempre quando eu estava errada.
Não para trens em alta velocidade com o dedo "mindinho", mas sempre me ensinou a lutar pelo o que eu queria.
Não apaga incêndios com um super assopro, entretanto sempre soube assoprar o ralado no joelho para não arder ao passar o mercúrio cromo que deixava tudo laranja.
Não luta contra vilões que usam a tecnologia pra fazer o mal, mas sempre foi exemplo de honestidade e seriedade no trabalho.
Não tem o poder da vidência, mas sempre soube dizer a coisa certa na hora que o bicho estava pegando.
Não tem o poder da onipresença, mas sempre esteve ao meu lado seja nas festas da escola, na saída da prova de vestibular, na matrícula e formatura da faculdade, ajudando quando abri o consultório.
Não usa armadura, mas sempre teve força de vontade pra sair de gari para administrador de empresas e trabalhar há 45 anos na mesma Companhia.
O meu super herói preferido, gosta do Fluminense, pássaros, Roberto Carlos, Beatles e Elvis, é noveleiro de plantão, louco por tecnologia e cinema, é a pessoa mais simples e mais bonita que eu conheço e que há 28 anos me ensina tudo o que eu sei e é responsável, com minha mãe por tudo o que sou e que ainda posso ser. Seu maior e especial poder é ser SUPER PAI.
