sábado, 13 de junho de 2009

E chiove...




São 22:45 e uns pingos de chuva caem no RJ, pelo menos em Sta Cruz. Hj, durante o dia, não choveu por aqui. Fez um solzinho sem vergonha, céu azulzinho, algumas nuvens branquinhas e um vento frio que na sombra fazia arrepiar. Acordei tarde, passei o dia de motelon, alimentei o ócio mesmo. Depois dei uma volta de carro ouvindo 2 cds que amo da Zizi Possi "Per amore"e "Passione". Fiquei emocionada a ouvir certas canções, morri de saudade de uma certa pessoa que não está na minha vida há alguns anos e o coração ficou apertado. Deu vontade de ligar, ouvir a voz, dizer "oi, senti sua falta, ouvi a NOSSA música e senti saudade de mim! De quem eu era qdo vc estava aqui.", mas pensei o quão bobo seria desejar isso e me calei e deixei a Zizi cantar... e ela continua cantando... cantando... e cantando... a mesma música... e talvez só pare qdo eu adormecer...

E Chiove (Giusepe Amorusso - S. Cirillo)



Comm'è stretta 'sta via
à 'ggente nun ce cape
se fa 'na prucessione
ca cammina chianu chianu


Nun è morto nisciuno
num è 'o santo e nisciuno
nun se sente na voce
e nun sona na campana
E intanto 'o core aspetta
ca s'arapene 'e funtane


E chiove, n'capo 'e criature
vulesse arravuglià 'sta luna cu 'na funa
pe m'a purtà luntano
pe m'a purtà luntano
addo''o cielo che è cielo
nun se fai mai scuro
e chiove, n'terra e nisciuno
vulesse cummanà pe' spremmere e dulure
dinto a 'stu ciummo amaro
ca nun conosce 'o mare
Pecchè 'o mare è luntano
eppure sta vicine


Comm'è llonga 'sta via
pecchè nun sponta mai
se perde dint' 'e 'pprete
'mmiezo 'e carte arravugliate
sotto 'a l'evera 'e muro

ca s'arrampeca e 'ggiura
'e jastemme de'journe
'e serate senza pane
e intanto 'o cuore aspetta
ca s'arapene 'e funtane

E chiove, n'capo 'e criature...


TRADUÇÃO

Chove


Como é estreita esta rua
que as pessoas mal cabem
andam em procissão devagar, bem devagar
ninguém morreu
nem é dia santo
não se ouve nenhuma voz
nenhum sino toca
no entanto o coração ainda tem esperanças
que jorrem as fontes

E chove sobre as pessoas
quisera enlaçar a lua com uma corda
para me levar bem longe
para me levar bem longe
onde o céu seja um céu
que não escurece nunca
e chove em terra de ninguém
quisera ter o poder de diminuir a dor
neste rio amargo,
que não conhece o mar
porque o mar está tão longe
e no entanto está tão perto
bis

Como é longa esta rua
que não termina mais
se perde em meio às pedras,
a papéis abandonados
sob a hera dos muros
que se alastram como praga
sobre os dias e noites sem pão
no entanto o coração tem esperança
que jorrem as fontes

E chove sobre as pessoas...

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